domingo, 12 de fevereiro de 2012

Lua: a dicotomia entre o engano e a imaturidade


Por Tamires Santana


Uma das coisas mais fascinantes que o Espaço proporciona ao homem é a Lua. De brilho sedutor, é invejada pelas mais belas estrelas...não há como não se apaixonar e envolver-se por ela. Instiga no homem os mais íntimos desejos e mesmo quando ofuscada por uma neblina ou outra, facilmente recaptura o olhar maravilhado dispensado a seu encanto e beleza.


Quantas promessas de amor se fizeram diante da Lua? Quantas palavras, discursos, livros, canções foram ofertados com a mais pura das intensões? Quantas expectativas se lançaram na sua habilidade de observar, registrar e depois espelhar de forma distinta o que todos podem ver, mas não enxergam? Pode, quando quiser, passar de simples elemento e estrear como principal referência no mundo da Astrofísica.

Mas simplesmente nega o que lhe é ofertado.



Hoje a noite não tem Luar, o que causa estranheza e um imenso vazio na existência de um homem apaixonado. A saudade insiste, os acontecimentos se unem ao gosto da amargura, as juras de amor se desarmam e se fragmentam como um spray lançado no muro, compondo um painel coletivo.

Você sabe!



A Lua é astuta feito uma Nádia, perigosa como seu veneno. Desaparece quando não há mais interesse em abrilhantar o céu azul escuro da noite, prefere a perdição do Espaço, deixando para outras constelações a tarefa que lhe cabe. Pouco menos que ressentimentos, suspiros e ardores foi o que restou do seu legado. Ainda assim, não para de invadir pensamentos e conquistar a confiança.


O mundo é da Lua ou Lua é do mundo?


a Lua não presta, isto é fato, mas ao som de Wiz Khalifa, é difícil acreditar e recomeçar. Se afastar do abismo é sempre o melhor caminho, mas o superpoderoso sadomasoquismo estabelece uma relação bem próxima a quem insiste em querer se iludir.


Infantilidade.


Neura.


Ciúmes.


Aversão.


Apenas desabafo já que o entendimento se aprofunda e se amplia na medida em que se acompanha de perto o desenrolar da história. O que está sendo deixado de sentir e vivenciar de verdade está fora do entendimento de meros mortais. É muito mais do que duas vidas envolvidas. O sincronismo que dura por dois anos ou mais se transformou num conjunto de encontros e despedidas. Agora é tênue delimitar a fronteira entre o público e o privado, ganhar o pão sem comer a carne.


Quem sobra entre as ruínas?


Dor, insegurança e uma triste compreensão.


A Lua não enxerga, não entende. Está rendida a princípios, alienada a outros interesses, não espirituais, as vezes, mergulhada numa vibe fantasmagórica.


Condenado pelo sentimento nasce o descaso que agoniza, não morre e continua a amar. Somos necessários uns aos outros, eu sei, mas sei também que más escolhas tendem a transformar tudo num caos.


Lua: a dicotomia entre o engano e a imaturidade.


Carregue sua cruz, cumpra a sua missão, deixe a sua herança. É lamentável que o que hoje desmembra de uma relação é o desgaste em meio a brigas, ciúmes e decepções; só que, lembre-se de uma coisa, sabe o ditado “que seja eterno enquanto dure”?! Um amor que segue numa via de mão única se dissolve mais rápido do que muito se imagina.


A Lua é satélite natural, tem sua importância, beleza e influencia sobre muitos eventos. Contudo, meu amor, não a nivele ao Sistema Solar. Cinturão de asteroides, órbitas e corpos celestes que se encontram em um mesmo campo gravítico estão a espera de um amor verdadeiro.


A verdade é insubistituível.