domingo, 18 de dezembro de 2011

Ano Novo: bilhete de entrada para projetos de vida


Por Tamires Santana



 Há muito tempo atrás em uma terra distante, longe de Francisco Morato, existiu um homem chamado Sir Frederick, cavaleiro Comandante da Real Ordem da Vitória (Inglaterra) que publicou no jornal The Boy’s Own Paper a seguinte mensagem:
   “Não se preocupe em ser um gênio e não se preocupe se não for inteligente. Confie mais no trabalho duro, na perseverança e na determinação. O melhor lema para uma longa marcha é ‘Não resmungue. Aguente.’
   Você tem o futuro nas mãos. Nunca duvide disso. Não se gabe. Não se gabe, pois quem o faz pouco mais pode fazer. É um Zé-Ninguém que anuncia a sua própria mercadoria barata. A lata vazia é a que mais faz barulho. Seja honesto. Seja leal. Seja bondoso. Lembre que a coisa mais difícil de conseguir é a faculdade de ser altruísta. Como qualidade, é um dos mais belos atributos da masculinidade. Ame o mar, a sonoridade da praia, os prados amplos. Mantenha-se limpo de corpo e mente.”
  Para fugir do clichê natalino que prega a sempre bem vinda renovação, compaixão e amor ao próximo, nada melhor do que uma publicação de 02 de setembro de 1903 que revela-se um valioso ensinamento para cada um de nós.
  Após uma retrospectiva percebe-se que durante boa parte do ano nos deparamos com muitos conflitos. Sejam eles gerados por pessoas próximas ou países de difícil pronúncia localizados na África. Sem contar a quantidade de vezes que se pregou o fim do mundo. O Apocalipse datado e anunciado nos meios de comunicação correu na boca do povo, Twitter, Facebook, sites e, cá entre nós, foi vigiado sob o olhar desconfiado de quem diz não acreditar, mas no fundo sentiu certa tensão. Se o mundo acabasse, meros mortais como nós não teria pra onde correr.
   Bobagens e mais bobagens, aqui estamos, vivinhos da Silva, reclamando, acertando e cometendo (os mesmos) erros. O Ano Novo está chegando e se torna o bilhete de entrada para os novos ou velhos projetos, o que significa o óbvio: tempos para mudanças.
   O ano de 2012 é lutar para vencer, transformar, melhorar e aniquilar da vida o que for necessário. Contudo, não se esqueça de batalhar por algo essencial: a Paz. E não estou falando de bomba branca voando. Falo de você, caro leitor, das suas atitudes do dia a dia. Da forma como trata a sua cidade, da forma como se comporta, como trata o próximo. De como lida com os problemas e frustrações.
   Se acreditar que cometeu muitos erros este ano, não se preocupe, eles sempre podem ser exilados.  A questão é, inclua na lista do que será feito em 2012 duas coisas: 1- “Menos”. Menos fofocas, pensamentos negativos, brigas, xingos e inimizade. 2- “Atitude”. Fale com o dono dos porcos, assim dizia a minha avó. Por exemplo, formalize a sua reclamação junto à empresa que presta o serviço utilizado, de nada adianta descontar no funcionário sobrecarregado. Vá atrás dos seus direitos, exija uma vida melhor. Não seja imediatista e nem pessimista, de batalhas em batalha se vence a guerra.
   O ano de 2012 será melhor do que 2011? Isto depende de você, e muito mais do que pensa.
  

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O ser que não gosta de sexo


Por Tamires Santana

   A troca de calor, de energia, a busca do prazer, do alívio, o melhor entretenimento que o ser humano lava consigo: o sexo. Apesar de algumas pessoas gostarem de incrementar, não é necessário energia elétrica, metal, máquinas, o plantio de árvores, emprego e financiamento em bancos para a produção deste prazer. Uma receita de poucos ingredientes.
   Parece comum que as pessoas gostem de beijar, acariciar, chupar, dar, comer, bater, apanhar, enfiar, tirar, molhar, lamber, esfregar, abrir, fechar, arreganhar, pular, virar, abaixar, colocar, balançar, aprofundar, facilitar, estimular, penetrar (...), no entanto, nem sempre.
   Um ser pode não gostar de sexo. Neste mundo tem de tudo e isto também pode acontecer. O que ocorre é que o pobre coitado, infeliz de nascença, logo é taxado de anormal, problemático, traumatizado, amaldiçoado, frustrado e tudo o mais que se possa imaginar. Mas isto não importa. O extraordinário é que ele pode existir e, apesar das desconfianças, pode ser feliz e, pasmem, pode ter filhos.
   O fato de não ter o sexo listado como prioridades na sua vida e ser algo que não faz parte do gosto pessoal, não significa que não pratique o ato. Talvez não com tanta freqüência, é verdade, mas seja por pressão da sociedade, dos amigos, por culpa ou curiosidade, eis que decide abrir as pernas e de lá deixa saltar um filho. Mal sabe que carregará consigo a ilusória imagem de “experiente”, quando não, o mero engano de que deve ser bom...de cama.
   E é aí que a felicidade acaba. Justamente no momento em que é contaminado pelos comentários alheios sobre o seu desenvolvimento na cama. Não precisa ser na forma direta. Pode ser por meio das Mil e Uma Noites de fulano, o Circo Du Soleil de Cicrano, etc. Depois emenda com a maldita pergunta: “e você?” Contudo, piora mesmo é no instante em que todos parecem aliviar a tensão dos seus problemas praticando o ato. Parece ser mais perfeito que uma sincera oração ao Sagrado Sacro Santo.
   Intrigado fica o ser que não gosta de sexo. Se deixa abrir os olhos para o mundo e após eles as pernas. É natural. É esperado. O Créu já fora profetizado. Também estava presente quando o lobo mau comeu a vovozinha do Chapeuzinho Vermelho e que tanto amamos ler às nossas criancinhas inocentes - que daqui a poucos instantes estarão grávidas ou se tornarão pais precoces.
   Um tapa do destino e eis que o ser que não gosta de sexo encontra um órgão genital. O prazer, a vontade, os desejos, a curiosidade, os delírios, as fantasias surgem como que por encanto.
   O ser que não gosta de sexo hoje gosta…e sofre. Pensa, sonha, delira, chama, geme, estimula, massageia, senta, deita, levanta, domina, solta, gosta, tira, sente, toca, chupa, vem, vai, deixa, faz, pula, aperta...precisa.      O pobre coitado, infeliz de nascença não ficou livre nem se quer um instante de sua vida. Se antes não necessitava e penava por ser diferente, agora quase enlouquece ao se equiparar à normalidade.
   Que saudade do ser que não gosta de sexo, apesar de colossal, era feliz.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Engana quem o ama, muito mais do que imagina


Por Tamires Santana

   O coração está apertado. Perdura-se tamanha aflição. Há certas lembranças que doem, há certas propostas que despertam lembranças adormecidas; há certas pessoas que martirizam tudo o que acreditamos um dia ter na vida. O que sinto atinge apenas um. As decisões, dois. As consequências, três.
   Insisto em perdurar uma dívida de encarnações passadas. Sofro, sufoco um sentimento, finjo vingança, quando na verdade só estou me destruindo, acabando com os meus princípios, com a minha esperança. Como se livrar de alguém que conseguiu descer tão fundo? O coração pulsa desacreditado.   Então o que leva a um sim?
   É o gostar que sente nojo, tem raiva e guarda mágoas, sem coragem de maltratar. Preciso disso? Então por que insisto? Mesmo se pudesse ser meu não iria querer por desconfiar. Não é digno do meu amor. É covarde, mentiroso, calculista.
   Engana quem o ama, muito mais do que imagina. Tenho vontade de chorar ao lembrar os beijos e carinhos. Basta! Tudo mentira. Prefiro o desaparecimento da minha vida, pra sempre. Vá e o dia nascerá mais belo. Desapareça e o meu coração ficará mais leve. Esqueça-me e quem sabe eu consiga extingui-lo dos meus pensamentos o quanto antes.
   Diante súplicas que clamam por um adeus: desapareça da minha batalha e siga a sua vida em paz.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Quando o “sujeito homem” reaparece



Por Tamires Santana 

Uma das piores coisas que existem relacionadas às passagens do coração é quando o “sujeito homem” reaparece. Pior, com pinta de que nenhum vestígio ruim deixou. Na verdade, não sei se a dor maior é pelo reaparecimento em si ou pela dissimulação.

É fato que aqueles que passaram na minha vida e foram embora sem se despedir quando menos se espera voltam. Arrependidos, talvez, mas com um baita rabo entre as pernas e donos de uma voz mansa. Muito mais quando se havia tentativas da conquista.


O problema de ser uma das muitas babacas existentes na face da Terra, é que a sede de vingança está num grau abaixo do “estou bem e você?”. A chance de iludir, mentir, pisar e machucar o outro, descontando proporcionalmente todo o ressentimento guardado pelo período do dito “desaparecimento”, se esvai em míseras lágrimas, uma passageira melancolia e deixa
um ponto de interrogação que fica maior do que estava.

A luta interna se aflora e a força é acionada para não se render a novos encantos e novas promessas. Mas, ainda assim, o menor desafio está em administrar a relação que um dia foi mal sucedida ou de não cair em tentação. O maior se trata em não associar a outros o mesmo mau caráter e azar sofrido.

Relacionar-se novamente com outras pessoas é sempre o impasse para quem ainda acredita ou quer acreditar no amor. Evoco a deusa Afrodite e não para me trazer uma nova e grande paixão, mas sim para me livrar das que já existem e hoje são fantasmas e almas penadas na minha vida. Recai sobre ela a árdua tarefa que eu não tenho coragem de fazer, direcioná-los todos para os quintos dos infernos.



quarta-feira, 18 de maio de 2011

A primeira viagem internacional: os preparativos


No blog http://janelinhadeaviao.blogspot.com acompanhe os passos da minha primeira viagem internacional para BUENOS AIERS. Desde a pré-viagem até comentários posteriores.


Davis Caio e Aline Moura me acompanha nessa jornada. A saída está marcada para 08 de julho e serão seis dias completos na capital portenha.


Não deixe de seguir o blog!