sábado, 18 de dezembro de 2010

O filho



Por: Tamires Santana

   A falta de tempo, um orçamento apertado, os sonhos a serem realizados.. Muitos são os fatores que fazem uma jovem se arrepender de ter engravidado. Por outro lado, a possibilidade de ser mãe é algo indescritível. A soma do amor incondicional, com a proteção absoluta e a lembrança do rostinho perfeito fazem com que todo pensamento negativo se esvaia na mesma intensidade que abateu o ser.
   É complicado afirmar isto, mas uma mãe solteira sempre terá problemas enquanto o filho existir, ao mesmo tempo em que a sociedade tenta disfarçar o seu preconceito em cima das jovens mal sucedidas nos relacionamentos.   Tudo bem, a sociedade que se dane, ela sempre arruma um jeitinho de apontar o dedo na caro do indivíduo e culpá-lo por suas escolhas, já o filho...o filho não. Pelo contrário, ele estará ali, sempre a te observar, seja para te incendiar de acusações, seja para seguir seus passos, sendo eles certos ou não.   Uma hora você se arrepende de ter dado o que nunca deveria ter saído daqui: a virgindade. Se culpa por não ter maturidade ou experiência o suficiente para saber o que fazer com aquele serzinho que tanto exige - como se cada mãe parisse um manual de instrução junto com o bebê. Culpa, pesar e pecado. É só o que resta.   Daí, em um mesmo momento, dia, mês, certo, dependendo do caso...no mesmo ano, a mãe, certa de que é o melhor para o seu filho, se sente mulher, madura, poderosa, irradiante. ELA gerou um ser. ELA sabe o que é o melhor para ele. Não tente falar algo - pelo menos neste momento. ELA sabe tudo. O filho tem dono e pensa que a dona é ela.   Pesos, medidas, pesares...Não, mãe, o filho é do mundo. Ganha quem encontrar primeiro. Esperamos que seja o amor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário