Eram
sete horas da manhã quando fui acordada aos beijos. Um pouco contrariada por
ter o sono interrompido, mexi o corpo em sinal de que estava gostoso, mas não
era o momento apropriado. Ele não parava de me acariciar e era sinal de que eu
realmente tinha que acordar. Por um momento o pessimismo tomou conta: difícil
dormir a noite e quando tenho a oportunidade, sou obrigada a acordar cedo
demais.
As
estatísticas são claras, as mulheres ainda se emprenham na busca pelo homem
perfeito. Um dos pontos que elas ambicionam é encontrar um ser carinhoso,
atencioso e gentil. Faço parte das estatísticas, mas não quando com sono. Na
pior das hipóteses, o melhor é manter o pensamento positivo, portanto, me deixo
levar pela conversa. Elogios, agrados, mimos. Com tanto romantismo não dava
mais pra fingir que estava despertada. A cena ocorre sobre uma cama e mesmo que
a circunstância tenha tendenciado, por diversas vezes, a prática do prazer, nada
ocorreu.
Sem
recordar como dormi, só lembro que era acordada novamente, mas desta vez,
diante de um reforçado café da manhã, acompanhado de mais elogios e galanteios.
Estava eu sonhando? Sempre imaginei cenas como estas e seria mais um dos meus
delírios? Não, era real.
Eu
me rendo e aceito ser envolvida pelo ritmo do amor. Sinto-me a mulher mais
feliz e privilegiada do mundo. Pra mim, quando tudo já estava perfeito, sem
rodeios, a pergunta é feita: casa comigo? E, sem desperdiçar a oportunidade,
até mesmo pra honrar as estatísticas: sim, claro que sim.
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