segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Estatísticas do amor





Eram sete horas da manhã quando fui acordada aos beijos. Um pouco contrariada por ter o sono interrompido, mexi o corpo em sinal de que estava gostoso, mas não era o momento apropriado. Ele não parava de me acariciar e era sinal de que eu realmente tinha que acordar. Por um momento o pessimismo tomou conta: difícil dormir a noite e quando tenho a oportunidade, sou obrigada a acordar cedo demais.
As estatísticas são claras, as mulheres ainda se emprenham na busca pelo homem perfeito. Um dos pontos que elas ambicionam é encontrar um ser carinhoso, atencioso e gentil. Faço parte das estatísticas, mas não quando com sono. Na pior das hipóteses, o melhor é manter o pensamento positivo, portanto, me deixo levar pela conversa. Elogios, agrados, mimos. Com tanto romantismo não dava mais pra fingir que estava despertada. A cena ocorre sobre uma cama e mesmo que a circunstância tenha tendenciado, por diversas vezes, a prática do prazer, nada ocorreu.
Sem recordar como dormi, só lembro que era acordada novamente, mas desta vez, diante de um reforçado café da manhã, acompanhado de mais elogios e galanteios. Estava eu sonhando? Sempre imaginei cenas como estas e seria mais um dos meus delírios? Não, era real.
Eu me rendo e aceito ser envolvida pelo ritmo do amor. Sinto-me a mulher mais feliz e privilegiada do mundo. Pra mim, quando tudo já estava perfeito, sem rodeios, a pergunta é feita: casa comigo? E, sem desperdiçar a oportunidade, até mesmo pra honrar as estatísticas: sim, claro que sim.

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